terça-feira


Da janela da maria-fumaça vejo um boi. Sozinho. Que pensa o boi? Ou como diriam os mais técnicos: que deseja o boi? Neste campo imenso, ele parece acenar para quem passa,  no trem, levantando suavemenete a cabeça. Boi não tem curiosidade alguma. Um ex-colega de faculdade, Cláaudio Lopes, teria aí um excelente quadro para pintura na sua temática do boi. Onde andará Cláudio Lopes? Mas lembro também de Carlos Drummond de Andrade, escrevendo sobre a tristeza e a solidão do boi no campo, sempre de cabeça baixa, comparando-o à solidão do homem na cidade, também sempre de cabeça baixa.

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